REDCPS - Revista Enfermagem Digital Cuidado e Promoção da Saúde

Número: 5.1 - 13 Artigos

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DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/2446-5682.20200002

Artigo Original

Ronco, síndrome da apneia obstrutiva do sono e índice de massa corporal no ambiente universitário

Snoring, obstructive sleep apnea syndrome and body mass index in the university environment

Darleanne Batista Gonzaga1; Edirlânia Rose Borges Cavalcante1; Nádia Dariely de Souza Santos1; Ítalo Dantas Barbosa1; Christiane Cavalcante Feitoza2

1. Graduandos em enfermagem. Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca
2. Doutora em Biotecnologia em Saúde, Professora Adjunta da Universidade Federal de Alagoas. Campus Arapiraca

Endereço para correspondência

Darleanne Batista Gonzaga
Av. Doutor Natanael Colaço - 64. Bairro Gilberto Pereira
Junqueiro - AL. CEP: 57.270-000
E-mail: darleannegonzaga@hotmail.com

Recebido em 14/10/2019
Aceito em 05/05/2020

Resumo

OBJETIVO: O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de ronco e da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) em universitários, correlacionando seu aparecimento ao índice de massa corporal.
MÉTODOS: Estudo transversal, observacional, descritivo, usando como fonte de dados o IMC dos participantes, além da aplicação dos questionários STOP-BANG e de Berlim, utilizando-se da Correlação de Pearson para análise estatística.
RESULTADOS: Dos 68 universitários, o ronco foi relatado em 32,35% deles e a SAOS, em 13,2%, sendo mais prevalente no sexo masculino. Obteve-se uma correlação fraca entre ronco e IMC, e, ao relacionar SAOS e IMC, detectou-se que, entre todos os participantes, a correlação foi considerada fraca ou moderada, sendo ela maior para o sexo feminino.
CONCLUSÃO: Inferiu-se que a presença de ronco e SAOS foi pouco dependente de sobrepeso e obesidade, porém estes constituem fatores agravantes para tais complicações respiratórias.

Palavras-chave: Apneia Obstrutiva do Sono; Ronco; Sobrepeso.

 

INTRODUÇÃO

Caracterizada como uma doença respiratória, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) apresenta episódios recorrentes de apneia e hipopneia, resultando na dificuldade da passagem do fluxo de ar. Tal síndrome ocorre durante o sono por um período maior ou igual a dez segundos devido ao relaxamento fisiológico dos músculos, em especial da face e cavidade oral, podendo levar a uma diminuição da saturação de oxigênio no sangue promovendo diversos distúrbios ao organismo do indivíduo (1).

A obstrução das vias aéreas, além da SAOS, pode provocar o ronco, que se faz presente em diversos distúrbios respiratórios. O ronco afeta indivíduos de diferentes idades, trazendo consequências graves nas relações sociais e conjugais, comprometendo os níveis de concentração e desempenho profissional, devido à má qualidade do sono que é ocasionada por sua ocorrência repetida. Isoladamente, não há registros dos impactos que podem ser ocasionados pelo ronco, porém, quando associado à SAOS, aumenta-se o risco de hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares e respiratórias (2).

A obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da SAOS e estudos evidenciam que cerca de 70% dos pacientes diagnosticados com SAOS estão acima do peso. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (2016), são classificados como sobrepeso e obesidade, indivíduos que apresentem Índice de Massa Corporal (IMC) de 25 a 29,9 Kg/m2 e IMC maior ou igual a 30 Kg/m2, respectivamente. Acima de 25 Kg/m2, são classificados na categoria acima do peso, abrangendo as duas categorias citadas (3-5).

Com o advento da industrialização, tais percentuais adentraram a sociedade após a transição nutricional, promovendo diversos impactos para a saúde. A composição dos alimentos, custos e redução do esforço físico caracterizam-se como os principais responsáveis pela epidemia de obesidade. Além dessas, outras variáveis podem influenciar, como o sono, pois está associado à alteração da ingestão alimentar levando ao excesso de peso. A associação entre o consumo alimentar e o sono liga-se aos neuropeptídeos hipocretinas ou orexinas, no qual a privação do sono resulta em aumento da liberação do hormônio orexígeno grelina e diminuição do hormônio anorexígeno leptina (1,6,7).

O padrão adequado de sono é importante, pois, ao analisar alternâncias implicadas sobre esse, podem ser constatados efeitos negativos causados principalmente pela privação, como déficit cognitivo, alteração de humor, fadiga e lentificação na execução de tarefas do dia a dia. A faixa etária universitária está incluída dentro dos indivíduos que mais são afetados pelo sobrepeso. Tal população traz preocupação constante com relação ao padrão de sono deficiente, déficit na prática de atividades físicas, bem como hábitos alimentares inadequados que estão crescendo a cada ano (6).

Ademais, as mudanças de estilo de vida que são impostas aos estudantes universitários constituem-se como fator importante para alterações no padrão de sono que podem levar à SAOS e ao ronco. Tais fatores podem ocorrer devido às longas jornadas de estudo, às atividades extracurriculares, que levam à diminuição de horas de sono, influenciando ainda na redução de tempo para realização de atividades físicas regulares ou na realização das refeições, contribuindo para as alterações relacionadas ao sono, como os distúrbios estudados e diversas comorbidades. As alterações acarretadas a esta parcela da população podem levar ainda a um baixo desempenho em suas atividades, demonstrando a importância de estudos relacionados à temática com tais indivíduos (8).

Para auxiliar o diagnóstico da SAOS, bem como a qualidade do sono, podem ser utilizados questionários como o STOP-BANG e o Questionário de Berlim (BE), respectivamente. São questionários de fácil aplicação e de baixo custo que podem identificar condições de que o indivíduo tem características para o desenvolvimento da SAOS e se há presença do ronco no mesmo, visando a proporcionar um melhor diagnóstico e a auxiliar na melhora da qualidade de vida e das relações sociais do sujeito (5,6).

Considerando-se a importância do rastreio da SAOS e do ronco, esse estudo teve como objetivo analisar a prevalência de ronco e da síndrome da apneia obstrutiva do sono em acadêmicos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus Arapiraca, correlacionando seu aparecimento ao índice de massa corporal.

 

METODOLOGIA

Estudo transversal, observacional, descritivo, baseado na resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), sob o número 2.970.592, realizado entre outubro de 2018 e março de 2019.

A aplicação dos questionários de avaliação e os exames antropométricos foram realizados no Laboratório de Anatomia, da Universidade Federal de Alagoas, CampusArapiraca. Foram utilizados como critérios de inclusão: estudantes devidamente matriculados na UFAL, Campus Arapiraca; ter idade entre 18 e 40 anos de ambos os sexos. Excluíram-se indivíduos com hipertensão, diabéticos ou com outros problemas metabólicos, como alterações hormonais e/ou que fizessem uso de terapia farmacológica antidepressiva.

A população do estudo foi composta por estudantes de diversos cursos. Para cálculo amostral, foram utilizados um alfa de 0,01 e um desvio padrão de 0,05, alcançando um total de 72 participantes. Por fim, o estudo obteve uma amostra de 68 universitários, com amostragem por conveniência, considerando questionários entregues incompletos e não preenchidos.

Antes da execução de qualquer etapa da pesquisa, os indivíduos eram esclarecidos quanto aos procedimentos metodológicos a serem aplicados no decorrer do estudo, seguindo-se à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Posteriormente, os participantes foram esclarecidos sobre o preenchimento dos questionários STOP-BANG (do inglês Snoring, Tiredness, Observed apnea, high blood Pressure, Body mass index, Age, Neck circumference and Gender) e de Berlim, que fazem a investigação diagnóstica e rastreio da SAOS e distúrbios respiratórios, respectivamente. Foi utilizado o STOP-BANG para avaliar o risco de ter SAOS, o qual, segundo Fonseca et al. (2016), é utilizado para identificar indivíduos com baixo e alto risco para esse distúrbio do sono, e o Questionário de Berlim, para avaliar a prevalência de roncadores no ambiente acadêmico, apresentando, em sua primeira categoria de questões, dados sobre ronco (4,11).

Para determinar a circunferência do pescoço, um dos requisitos para preenchimento completo da questionário STOP-BANG, o entrevistado posicionou-se de forma ereta e com os membros superiores ao longo do corpo. Após posicionamento correto, o entrevistador realizou a medida com uso de uma fita antropométrica sobre a cartilagem tireoide do estudante.

Em seguida, foram verificados peso e altura de cada indivíduo participante para mensuração do IMC. A altura foi mensurada através de medida padronizada com uso de uma fita métrica em posição vertical, com o indivíduo em posição ereta e com os membros superiores ao longo do corpo, mãos estendidas para baixo e membros inferiores unidos voltados para frente. O peso foi verificado com o auxílio de uma balança digital eletrônica calibrada, sendo a mesma utilizada para todos os participantes. Ambos realizados em local reservado, objetivando preservar a privacidade do participante. Após a obtenção, os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas no programa Excel® (Microsoft®, NY, EUA), realizando o cálculo do IMC (IMC = Peso / Altura2).

Análise Estatística

Foram formuladas tabelas com variáveis em valores absolutos (n) e percentuais (%) para descrever o perfil da amostra. Para as estatísticas descritivas, foi utilizada a Correlação de Pearson (r), avaliando o grau de correlação entre a prevalência de ronco e SAOS com o IMC dos participantes. Classificaram-se as análises em correlação perfeita quando r = 1, forte quando 1 > r > 0,75, moderada para 0,5 > r > 0 e inexistente quando r = 0.

 

RESULTADOS

Participaram do estudo 68 universitários, com idades entre 18 e 34 anos. A Tabela 1 apresenta distribuição dos participantes quanto ao sexo e à classificação do IMC. Ao todo, 35,3% estudantes do sexo masculino participaram da pesquisa, enquanto que 64,7% eram do sexo feminino. Do total da amostra, 55,9% foram compostos por indivíduos com IMC adequado, enquanto que 13,2% dos participantes apresentaram baixo peso e 22%, sobrepeso. Já com relação à obesidade graus I, II e III, as prevalências foram de 4,4%, 3% e 1,5%, respectivamente.

 

 

A Tabela 2 apresenta a frequência de ronco e SAOS entre os participantes do estudo. O ronco foi relatado em 32,35% dos universitários, sendo que, entre o sexo feminino, 29,5% relataram serem roncadores, e no sexo masculino, a prevalência foi de 37,5%. Já para SAOS, 13,2% dos estudantes apresentaram hipótese diagnóstica, com maior prevalência entre o sexo masculino (25%) e menor para mulheres (6,8%).

 

 

Para verificar, na amostra estudada, a correlação entre ronco e SAOS com IMC foi utilizada a Correlação de Pearson (r), na qual quanto mais próximo de 1 e -1 maior será a correlação entre as variáveis. Os valores encontrados estão apresentados na Tabela 3. Para ronco e IMC, obteve-se uma correlação fraca (r = 0,278) ao observar todos os participantes, inferindo-se que a presença de ronco é pouco dependente de sobrepeso e obesidade, sobretudo para o sexo feminino (r = 0,245). Entretanto, para o sexo masculino, apesar de considerada fraca (r = 0,447), a correlação é maior que nas participantes mulheres. Ao relacionar SAOS e IMC, observou-se que, entre todos os participantes, a correlação é considerada fraca (0,367). Ao comparar os sexos, percebeu-se que o sexo feminino (r = 0,543) apresenta correlação moderada entre as variáveis, acontecendo o inverso (r = 0,137) com indivíduos do sexo masculino.

 

 

DISCUSSÃO

No presente estudo, foi identificada a prevalência de ronco e Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono em universitários, bem como as correlações entre cada condição clínica com o Índice de Massa Corporal de tais indivíduos.

Um estudo original de Mirghani et al. (2015) com estudantes identificou que 28% da amostra relataram ronco com má qualidade do sono associada a piores desempenhos acadêmicos por consequência da falta de concentração e déficit no desempenho funcional durante o dia, semelhante aos resultados de Yang et al. (2017), no qual 22,8% dos participantes relataram ronco e 9,2% apneia, com maior prevalência do sexo masculino em ambos os casos. Saygin (2016) e Akintude, Salawu e Opadijo (2017) também investigaram ronco e apneia em universitários e descobriram que 3% deles apresentavam ronco e 1,5%, apneia no primeiro estudo, contra 44,2% de ronco e 30,6% de apneia no segundo. Os resultados apresentados pelos autores corroboram os encontrados em nosso estudo, apresentando um percentual de estudantes que apresentam ronco maior em relação aos que apresentam apneia (7, 10-15).

Um estudo de Singh e colaboradores (2012), realizado com estudantes de graduação e utilizando questionários autoaplicáveis e verificação do IMC, semelhante ao nosso estudo, analisou que a prevalência de roncadores foi maior entre o sexo masculino. Isso pode ser explicado tanto pela influência hormonal no controle da respiração quanto em uma maior distribuição de gordura corporal (16).

Um estudo de Modena (2017) observou que a obesidade é um dos principais preditores para distúrbios respiratórios, no qual 74,85% dos participantes de sua pesquisa que apresentavam sobrepeso roncavam e 80,34% tinham alto risco de desenvolver a SAOS (1). Em nosso estudo, constatou-se que indivíduos com ronco apresentaram prevalência de 36,5% de IMC elevado, enquanto que, para SAOS, essa prevalência foi de 55,5%. Além disso, o referente estudo verificou que as relações entre ronco e SAOS com sobrepeso e obesidade são consideradas fracas ou moderadas.

Estudos têm relatado de forma crescente a associação entre obesidade e a presença de distúrbios do sono (1, 13, 14). Em seu estudo, Saygin (2016) encontrou fortes relações entre apneia obesidade e IMC, com alto risco para SAOS em estudantes com IMC ≥ 30kg/m2, semelhante ao encontrado no estudo de Akintunde (2014) com adultos jovens. Já nesse estudo, foi encontrada correlação fraca do IMC tanto com o ronco quanto com a SAOS, contrariando o descrito na literatura(17).

 

CONCLUSÃO

O sono de estudantes pode ser reduzido ou interrompido por causa das responsabilidades que permeiam esse público. De acordo com os resultados encontrados em nosso estudo, o fator de risco sobrepeso/obesidade pouco não está fortemente correlacionada a ronco e SAOS na amostra estudada. As limitações do nosso estudo incluem: dificuldade em alcançar toda a amostra calculada e o uso de questionários autoaplicáveis, subestimando a real prevalência. Sugerem-se novos estudos com uma amostra maior de universitários, a fim de verificar o impacto dos distúrbios do sono e comorbidades associadas à vida do indivíduo e seu desempenho escolar.

 

REFERÊNCIAS

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