http://dx.doi.org/10.5935/2177-1235.2019RBCP0126
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery 79 - 82
 

Reoperações após mamoplastias redutoras e mastopexias associadas a implantes de silicone

LAURO JOSÉ VICTOR AVELLAN NEVES1,*

Resumo

Introdução: A mamoplastia redutora e a mastopexia associadas à colocação de implantes de silicone ganhou muito popularidade na última década. A expectativa das pacientes com o resultado destas operações é muito alta, este fator aliado a um maior índice de complicações leva a uma incidência alta de reoperações.
Método: Revisão de prontuários, entre outubro de 2016 e janeiro de 2018, de pacientes insatisfeitas com o resultado de uma mastopexia ou mamoplastia redutora associadas a implantes de silicone.
Resultados: Foram incluídos prontuários de 14 pacientes. A posição dos implantes foi subglandular em 12 casos e submuscular em 2 casos. O principal motivo de insatisfação, responsável por 78,5% das queixas, foi a perda de projeção do polo superior com abaulamento do polo inferior. A reoperação não foi indicada em 5 pacientes. Em 9 casos a reoperação foi indicada pelo autor. Destes, 5 pacientes foram reencaminhadas para o cirurgião que realizou a cirurgia primária e não retornaram ao consultório, e 4 pacientes foram reoperadas pelo autor.
Conclusão: O índice elevado de complicações e a alta exigência das pacientes com o resultado faz com que muitas pacientes fiquem insatisfeitas com o resultado e sejam candidatas a reoperação. A maior queixa é a perda de projeção no polo superior e o abaulamento do polo inferior, porém, cerca de um terço das pacientes insatisfeitas possuem resultados acima do padrão esperado. O cirurgião plástico deve orientar suas pacientes sobre os riscos das mamoplastias redutoras e mastopexias associadas aos implantes de silicone e sobre os resultados.

 

 

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