http://dx.doi.org/10.5935/2177-1235.2019RBCP0024
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery 151 - 155
 

Uso da técnica em "spaghetti" para tratamento cirúrgico do lentigo maligno

Use of the "spaghetti" technique for surgical treatment of lentigo maligna

GABRIELA SUEMI SHIMIZU1,*; FARID BARK HAMDAR1; CLAUDIO HENRIQUE SANTANA TAVARES DOS-SANTOS1; LUIZ AUGUSTO DALOIA SOUZA1; FERNANDO HENRIQUE SGARBI PARRO2; IVAN DUNSHEE DE ABRANCHES OLIVEIRA SANTOS2; CHRISTIANE STEPONAVICIUS SOBRAL1; EDUARD RENÉ BRECHTBÜHL2

Resumo

O lentigo maligno (LM) é uma forma de melanoma in situ que mais comumente se apresenta como uma mácula de crescimento lentamente progressivo, pigmentada, na face de idosos com pele danificada pelo sol. Esse melanoma in situ tem um risco (30% a 50%) de progressão para lentigo maligno melanoma. A excisão cirúrgica completa da lesão requer margens de pelo menos 10mm, mesmo para lesões in situ. Porém, quando o crescimento de LM ocorre em áreas de implicações estéticas ou funcionais (face, pescoço, solas), a excisão é frequentemente reduzida para preservar estruturas anatômicas importantes e por razões cosméticas. Além disso, as margens periféricas podem ser clinicamente mal definidas e nem sempre pigmentadas, com extensão subestimada e risco de ressecção insuficiente. A "técnica de espaguete", descrita por Gaudy Marqueste, é uma cirurgia estratégica baseada na amostragem de uma faixa de tecido "spaghetti-like" para determinar as margens da lesão antes da remoção do tumor. Após a confirmação anatomopatológica de margens livres de neoplasia, a lesão principal central é ressecada, permitindo a reconstrução do defeito no mesmo procedimento, sendo uma alternativa à cirurgia micrográfica de Mohs.

 

 

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