http://dx.doi.org/10.5935/2177-1235.2019RBCP0004
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery 15 - 22
 

Comparação entre as complicações da lipoabdominoplastia sem preservação da fáscia de Scarpa com abdominoplastia clássica: um estudo prospectivo cego

Complications of lipoabdominoplasty without Scarpa fascia preservation versus classic abdominoplasty: a prospective blind study

JOÃO MAXIMILIANO1,*; ANTONIO CARLOS OLIVEIRA1; CIRO PAZ PORTINHO1; MAURICIO FARENZENA1; MATHEUS REIS2; TULIO SERRANO2; DIEGO DULLIUS1; MARCUS VINICIUS MARTINS COLLARES1

Resumo

Introdução: Abdominoplastia é um dos procedimentos cirúrgicos estéticos mais realizados. Seroma é a complicação local mais comum associada com abdominoplastia, com uma incidência média de 10%. A maior incidência de seroma pós-operatório (PO) ocorre no décimo primeiro dia PO. Ecografia abdominal é o método de escolha para o diagnóstico de seroma após abdominoplastia. Novas técnicas surgiram ao longo dos anos na tentativa de trazer melhores resultados estéticos com menos complicações, como lipoabdominoplastia descrita por Saldanha. Porém, estudos anatômicos recentes questionam a necessidade da manutenção da fáscia de Scarpa descrita na técnica de lipoabdominoplastia, descrevendo que em torno de 90% do sistema linfático abdominal está no plano subdérmico e 10% em um sistema linfático profundo justa-aponeurose abdominal. O objetivo é comparar a incidência de seroma na lipoabdominoplastia sem preservação da fáscia de Scarpa com a abdominoplastia clássica.
Métodos: Coorte prospectiva, cega na qual serão analisados 40 pacientes consecutivos que realizaram abdominoplastia sem lipoaspiração associada (n = 20) ou lipoabdominoplastia (n = 20) no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre abril de 2016 e maio de 2017. Todos foram submetidos à ecografia de parede abdominal no 10o dia PO.
Resultados: A incidência de seroma foi de 5% (n = 1) no grupo de abdominoplastia clássica e de 10% (n = 2) no grupo de lipoabdominoplastia, sem diferença estatística.
Conclusão: Estes resultados, neste grupo de pacientes, mostram que não houve diferença estatística entre os dois grupos.

 

 

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