FRANCISCO FELIPE GÓIS DE OLIVEIRA1,2,*; MARIANA FERNANDES1,2; ANA MARIA NOGUEIRA GIACOIA1,2; OSVALDO SALDANHA1,2; MARCOS RICARDO MENEGAZZO1,2; EUGÊNIO GONZALEZ CAÇÃO1,2; OSVALDO SALDANHA1,2
Introdução: O pioderma gangrenoso (PG) corresponde a uma dermatose autoimune crônica e
rara. Sua base etiológica ainda permanece pouco conhecida, sendo idiopático
em 25 a 50% dos casos, nos demais está associado com doenças sistêmicas de
fundo autoimune, tem uma incidência de 2 a 3 casos em 1 milhão de habitantes
por ano. No Brasil, este índice é de 0,38 casos por 10.000 atendimentos, as
mais acometidas são as mulheres entre a segunda e quinta década de vida. O
quadro clínico é variável, sendo que a forma ulcerosa, que surge sobre uma
cicatriz prévia, é a mais prevalente.
Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 39 anos de idade, previamente hígida, foi
submetida à mamoplastia redutora, evoluiu com úlcera necrótica em cicatriz
vertical de mama esquerda. Realizado desbridamento de tecidos
desvitalizados, prescrita antibioticoterapia, apresentando piora importante
da lesão, sendo considerada a hipótese de PG. Iniciado tratamento com
corticoterapia oral e tópica com remissão do quadro.
Conclusões: O PG representa um desafio no diagnóstico e, geralmente, demonstra a
dificuldade diagnóstica, podendo ser confundido com infecção do sítio
cirúrgico.