JUAN CARLOS SÁNCHEZ LÓPEZ1,2,3,*; PATRÍCIA ERAZO1,4,5
Introdução: A inclusão de implante mamário combinada com pexia é uma cirurgia
desafiadora, não somente pela ausência de procedimento padrão, mas por se
mostrar uma cirurgia com elevado potencial de complicações, entre elas, alto
índice de revisões pós-cirúrgicas. Neste trabalho é descrita a utilização da
técnica em "D" espelhado originalmente usada para mastopexia primária e
inclusão de implantes de silicone em mamas hipoplásicas associadas à ptose
moderada a grave, agora se estendendo o uso para o tratamento de recidiva de
ptoses com deslocamento das próteses com ou sem contratura capsular e/ou
cicatrizes inestéticas.
Método: O procedimento descrito, realizado em 90 pacientes, faz uso de marcação
própria que determina ressecção em bloco de pele e parênquima subjacente
para simetrização, retalho de pedículo medial, troca dos implantes originais
para próteses de silicone texturizada, perfil alto, redonda, volumes iguais
bilateralmente, posicionadas em plano submuscular, resultando em uma
cicatriz final vertical.
Resultados: Pelos dados obtidos não foi necessária revisão cirúrgica em nenhum dos casos.
Não houve ocorrência de infecção pós-cirúrgica ou necrose da placa
areolopapilar, bem como da cicatriz. A ressecção média do parênquima foi de
80g. Oitenta e nove pacientes (98,8%) foram submetidas à ressecção de
diferentes tamanhos. O volume médio das próteses incluídas foi de 300ml. O
comprimento da cicatriz vertical se mostrou estável em média de 6,5cm após 2
anos. Os resultados foram considerados satisfatórios pela avaliação feita
pelos pacientes.
Conclusão: A mastopexia secundária mostrou-se uma cirurgia de maior complexidade devido
à atrofia severa dos tecidos, resultado da cirurgia prévia. Seus benefícios
incluem maior simetrização, cicatrizes mais finas com diminuição da tensão
da placa areolopapilar, resultados duradouros e alto grau de satisfação das
pacientes.