http://dx.doi.org/10.5935/2177-1235.2018RBCP0145
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic Sugery 324 - 332
 

Mastopexia secundária com troca de prótese: técnica em "D" espelhado

Secondary mastopexy with exchange of prosthesis: mirror "D" technique

JUAN CARLOS SÁNCHEZ LÓPEZ1,2,3,*; PATRÍCIA ERAZO1,4,5

Resumo

Introdução: A inclusão de implante mamário combinada com pexia é uma cirurgia desafiadora, não somente pela ausência de procedimento padrão, mas por se mostrar uma cirurgia com elevado potencial de complicações, entre elas, alto índice de revisões pós-cirúrgicas. Neste trabalho é descrita a utilização da técnica em "D" espelhado originalmente usada para mastopexia primária e inclusão de implantes de silicone em mamas hipoplásicas associadas à ptose moderada a grave, agora se estendendo o uso para o tratamento de recidiva de ptoses com deslocamento das próteses com ou sem contratura capsular e/ou cicatrizes inestéticas.
Método: O procedimento descrito, realizado em 90 pacientes, faz uso de marcação própria que determina ressecção em bloco de pele e parênquima subjacente para simetrização, retalho de pedículo medial, troca dos implantes originais para próteses de silicone texturizada, perfil alto, redonda, volumes iguais bilateralmente, posicionadas em plano submuscular, resultando em uma cicatriz final vertical.
Resultados: Pelos dados obtidos não foi necessária revisão cirúrgica em nenhum dos casos. Não houve ocorrência de infecção pós-cirúrgica ou necrose da placa areolopapilar, bem como da cicatriz. A ressecção média do parênquima foi de 80g. Oitenta e nove pacientes (98,8%) foram submetidas à ressecção de diferentes tamanhos. O volume médio das próteses incluídas foi de 300ml. O comprimento da cicatriz vertical se mostrou estável em média de 6,5cm após 2 anos. Os resultados foram considerados satisfatórios pela avaliação feita pelos pacientes.
Conclusão: A mastopexia secundária mostrou-se uma cirurgia de maior complexidade devido à atrofia severa dos tecidos, resultado da cirurgia prévia. Seus benefícios incluem maior simetrização, cicatrizes mais finas com diminuição da tensão da placa areolopapilar, resultados duradouros e alto grau de satisfação das pacientes.

 

 

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