RAIDEL DEUCHER RIBEIRO1,*; EVANDRO LUIZ MITRI PARENTE2
Introdução: A indicação da mastectomia contralateral profilática (MCP) tem aumentado nos
últimos anos nas pacientes fora do grupo de alto risco, apesar de seu
benefício oncológico controverso em relação à sobrevida. A possibilidade da
reconstrução mamária é um dos fatores mais importantes desse aumento. O
objetivo é avaliar pacientes submetidas à MCP quanto às indicações e
complicações após a reconstrução imediata.
Método: Avaliação das pacientes submetidas à reconstrução mamária imediata após
mastectomia terapêutica e MCP quanto às indicações e complicações.
Resultados: Das 13 pacientes do estudo, apenas 4 apresentavam indicação de MCP por alto
risco (forte história familiar). As outras indicações foram busca pela
simetria, controle da ansiedade em relação à nova neoplasia e risco
acumulado pela idade. Ocorreram apenas complicações menores, sem necessidade
de reoperação em 4 das 13 pacientes (30,76%) e num total de 26 mamas
reconstruídas foram registradas 8 complicações (30,76%).
Conclusão: A realização da MCP tem aumentado, sendo que as indicações transcendem o
ponto de vista oncológico, com impacto direto na atuação do cirurgião
plástico quanto aos aspectos que envolvem a reconstrução, tanto no
planejamento quanto suas complicações.