Victor Felipe dos Santos Tejada1*; Raúl Andrés Mendoza Sassi1,2; Luciano Zogbi Dias1; Susi Heliene Lauz Medeiros1,3
Introdução: As lesões de pele benignas e malignas podem afetar a qualidade de vida (QV) e
a autoestima dos pacientes, tendo a cirurgia plástica reparadora im-portante
papel nesses indivíduos. O objetivo é estudar o efeito da cirurgia plástica
reparadora sobre a QV e a autoestima de pacientes.
Métodos: Foi realizado um estudo quase-experimental (antes e de-pois). A QV foi medida
pelo questioná-rio SF-36. Para a medida da autoestima, foi utilizada a
escala de autoestima de Rosemberg. Alterações nos escores de ambos os
instrumentos foram medidas antes e após o procedimento cirúrgico e a
significância estatística da diferença foi avaliada pelo teste t. A
proporção de indivíduos com aumento de escore de QV e autoestima, segundo as
categorias de variáveis sociodemográficas, caracte-rísticas da lesão ou da
doença, classifica-ção do tratamento cirúrgico e eventos estressantes, foi
medida, e a significância estatística foi avaliada pelo teste do
Qui-quadrado.
Resultados: Foram entrevis-tados 52 pacientes. Após a intervenção cirúrgica, houve
melhora significativa no escore de QV na maioria dos domínios de SF-36
(aspectos emocionais, físicos, sociais, dor, estado geral de saúde e saú-de
mental) e melhora na escala de autoes-tima de Rosemberg. Os fatores
associa-dos a maior probabilidade de melhora na QV e autoestima após a
cirurgia foram idade igual ou superior a 60 anos, cor de pele branca, maior
escolaridade, ocorrên-cia de evento estressante e tipo maligno de
neoplasia.
Conclusões: A cirurgia reparadora teve um impacto positivo em vários domínios de QV e
autoestima, mostrando outras melhorias na saúde do paciente, além dos
benefícios clínicos.