Augusto César de Melo Almeida1,2,3,4,5*; José Carlos Ribeiro Resende Alves1,5,6,7; Nárlei Amarante Pereira1,2,5; Liliane Carvalho Jamil1,5; Erick Horta Portugal1,2,5; Rebeca Paohwa Liu da Fonseca1,2,5; Aloísio Ferreira da Silva1,2,5
Introdução: A reconstrução da pálpebra inferior é um desafio para o cirurgião plástico.
Exige um conhecimento das variadas técnicas cirúrgicas e da anatomia. Em
1973, McGregor publicou a zetaplastia periorbital lateral que se mostra como
excelente alternativa dentro do arsenal terapêutico reconstrutivo. O
objetivo é demonstrar aplicabilidade clínica do retalho de McGregor como
opção para reconstrução de defeitos da pálpebra inferior e região
periorbital.
Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo e analítico de sete pacientes que foram
submetidos à excisão de neoplasias cutâneas da pálpebra inferior e regiões
adjacentes, sendo utilizado para reconstrução do defeito cirúrgico o retalho
de McGregor, entre abril de 2010 e outubro de 2016, na Clínica de Cirurgia
Plástica do Hospital Felício Rocho, Belo Horizonte, MG.
Resultados: A idade dos pacientes variou entre 38 e 79 anos, com média de 65,4 anos,
sendo cinco (71,4%) do sexo feminino. Ao exame anatomopatológico, 85,7% das
neoplasias eram carcinoma basocelular e um caso (14,3%) correspondia a
carcinoma microcístico anexial. Quatro pacientes foram submetidos à cirurgia
micrográfica de Mohs para excisão da lesão. Em um caso foi utilizada a
técnica de Matsuo para reconstrução palpebral da lamela posterior.
Seguimento com média de 36,3 meses, seis pacientes (85,7%) evoluíram bem sem
intercorrências com resultado satisfatório, um paciente evolui com ectrópio
no pós-operatório por deformação do enxerto de cartilagem da orelha
utilizado na reconstrução.
Conclusão: O retalho de McGregor apresentou aplicabilidade adequada, sendo uma excelente
alternativa para reconstrução de defeitos da pálpebra inferior e tecidos
adjacentes, com bons resultados estético e funcional.