Gustavo Moreira Costa de Souza1,2*; Sérgio Moreira da Costa1; Márcio Henrique Lima Resende1; Christiane Steponavicius Sobral2; Lydia Masako Ferreira2
Introdução: Desde a década de 1980, com Illouz, a lipoaspiração ganhou popularidade e
representa hoje um dos procedimentos mais realizados no mundo. Algumas de
suas complicações são graves e potencialmente letais. Não existe, contudo,
uma uniformidade em sua prática ou no seu ensino. A avaliação das técnicas
empregadas por cirurgiões plásticos pode ser o início de uma
padronização.
Métodos: Foi aplicado um questionário sobre lipoaspiração no 52º Congresso Brasileiro
de Cirurgia Plástica para cirurgiões plásticos de diferentes faixas etárias
e regiões do Brasil, presentes no evento.
Resultados: Foram contabilizados 243 questionários preenchidos (n = 243). O número médio
de incisões foi de 9 (2 - 16). Duzentos e quarenta e um cirurgiões (99%)
realizam incisões na linha mediana/paramediana anteriormente e 236 (97%)
incisam na linha mediana/paramediana na região posterior. Aproximadamente
metade dos questionados utilizam a anestesia geral. Duzentos e nove
cirurgiões (86%) posicionam o paciente em decúbito ventral durante o
procedimento. A lipoaspiração superficial é realizada por 146 (60%)
entrevistados, sendo que 22 (9%) fazem a aspiração apenas desta camada
adiposa. Oitenta e cinco (35%) participantes relatam controlar a pressão do
aparelho durante o procedimento.
Conclusão: A lipoaspiração realizada no Brasil apresenta grande variação técnica. Essa
constatação nos faz refletir sobre a necessidade de uma uniformização de sua
prática e ensino a fim de aumentar o controle e a segurança do
procedimento.