http://dx.doi.org/10.5935/1676-2444.20190009
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial 59 - 74
 

Análise comparativa do perfil histopatológico e epidemiológico dos carcinomas ductal e lobular da mama diagnosticados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná entre 2008 e 2013

Comparative analysis of the histopathological and epidemiological profile of ductal and lobular breast carcinomas diagnosed at the hospital de clínicas da universidade federal do paraná during the period 2008-2013

Heloisa Z. Rocha; Graciele C. M. Manica; Lucia de Noronha; Edneia A. S. Ramos; Giseli Klassen

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer da mama é a segunda causa de morte por câncer entre as mulheres em todo o mundo, e estudos epidemiológicos podem auxiliar no entendimento dos seus mecanismos. Objetivos: Realizar um levantamento do número de casos dos carcinomas da mama diagnosticados em um período de seis anos.
MÉTODO: Foi comparado com a literatura o perfil dos carcinomas da mama diagnosticados em um hospital terciário de Curitiba, por meio da análise retrospectiva dos laudos de carcinomas da mama ductal/tipos especiais e lobular de pacientes atendidos entre os anos de 2008 e 2013.
RESULTADOS: Foram diagnosticados 327 (91,6%) casos de carcinoma ductal/tipos especiais e 30 (8,4%) de carcinoma lobular, totalizando 357 amostras. Desses casos, 27 (7,5%) eram de carcinoma in situ (20 ductal e sete lobular) e 330 (92,4%), invasores (307 ductal invasor + tipos especiais e 23 lobular). A prevalência de tumores da mama nas mulheres foi de 99,1%, tendo os pacientes, na sua maioria, mais de 50 anos (67,2%). Em relação ao estadiamento da União Internacional de Controle do Câncer/American Joint Committee on Cancer (UICC/AJCC), 49,2% dos tumores ductal + tipos especiais foram diagnosticados em estadio I ou II, enquanto 56,6% dos tumores lobular concentraram-se nos estadios II ou III/IV. Quanto à escala de Nottingham, grande parte dos casos era de grau intermediário (43,9%). Um total de 61% dos tumores eram receptor de estrogênio positivo (RE+) e 54%, receptor de progesterona positivo (RP+). Por outro lado, 36,1% apresentaram receptor 2 de fator de crescimento epidermal humano positivo (HER2+), taxa superior à indicada pela literatura.
CONCLUSÃO: Os carcinomas da mama avaliados neste estudo apresentaram perfil semelhante ao exposto na literatura, com algumas peculiaridades inerentes ao serviço local. Entretanto, a baixa frequência de casos in situ indica falha no diagnóstico precoce.

 

 

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